Se pensarmos na política desastrosa da administração Bush é difícil de acreditar que isto tenha realmente acontecido. Como é que ainda hoje se justifica a invasão do Iraque, as torturas, as prisões ilegais, a arrogância diplomática, os interesses corporativistas e a manipulação mediática? A facilidade da informação e a rapidez com que as coisas circulam deviam ter prevenido um regime de carácter fascista de existir neste século. Mas a memória é curta. E os ciclos repetem-se. Roubadas as eleições, tanto a de 2000 como a de 2004, os EUA regressaram a uma filosofia pré-histórica baseada no medo. E as ideias do new american century defendidas pelos neo-cons deram-nos este belo desastre de proporções épicas.
Mas a história da humanidade encontra sempre uma forma de se equilibrar a si mesma. E o futuro tem Barack Obama pela frente: a inteligência substitui o primário, a sofisticação o básico, os direitos humanos a repressão, o racismo a integração e a esperança colectiva o medo.
Uma nova politica mais liberal e humanista é a consequência natural das coisas. E outras ideias virão preencher este espaço gigante que o colapso do capitalismo nos oferece. E essas ideias devem ser radicalmente diferentes das anteriores mesmo se os cínicos fizerem tudo para manter o status quo.
É o tempo da criatividade. E o futuro tem Obama pela frente.
Bruno de Almeida
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